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STF prorroga afastamento de desembargadores do TJMS por 180 dias, que seguem sem tornozeleira

Magistrados foram afastados em outubro de 2024, quando a operação 'Ultima Ratio' foi deflagrada pela PF. Investigação está sob responsabilidade do ministro...

STF prorroga afastamento de desembargadores do TJMS por 180 dias, que seguem sem tornozeleira
STF prorroga afastamento de desembargadores do TJMS por 180 dias, que seguem sem tornozeleira (Foto: Reprodução)

Magistrados foram afastados em outubro de 2024, quando a operação 'Ultima Ratio' foi deflagrada pela PF. Investigação está sob responsabilidade do ministro do STF, Cristiano Zanin. Desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul afastados. Reprodução O Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou por 180 dias o afastamento dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), investigados por suspeita de venda de sentenças no Judiciário sul-mato-grossense. Os magistrados seguem sem tornozeleira. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Com a nova determinação, Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva estão proibidos de acessar as dependências do TJMS, além de não poderem acessar o sistema e nem ter contado com os servidores da instituição. A decisão também envolve o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), Osmar Jeronymo, e o sobrinho dele, Danillo Moya Jeronymo, que é servidor do Tribunal de Justiça. Na época que a operação foi deflagrada, além do afastamento dos magistrados de suas funções por 180 dias, a Justiça determinou ainda o uso de tornozeleira eletrônica, o que foi cumprido por pouco tempo. Contudo, a nova decisão do STF prorrogou o afastamento dos magistrados de suas funções de trabalho. À época, Zanin suspendeu do uso de tornozeleiras eletrônicas pelos desembargadores. A decisão também incluiu a obrigação de entrega dos passaportes à Polícia Federal, como parte das medidas cautelares impostas. Para a nova determinação de afastamento, o ministro Zanin alegou que a Procuradoria Geral da República ainda não se manifestou sobre os relatórios da investigação. Portanto, os desembargadores vão continuar afastados até que a PGR se manifeste. A operação investigou os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, falsificação e organização criminosa envolvendo magistrados do estado. Procurada pela reportagem, a defesa de Osmar Jeronymo afirmou que ainda não foi intimada da decisão, mas que a informação causa estranheza. “Parece que a prorrogação se deu de ofício, após o fim do prazo de 180 dias, e sem o Inquérito sequer estar no Gabinete do Ministro” 'Ultima Ratio' Dinheiro apreendido em operação que investiga venda de sentenças em MS. Reprodução A operação foi deflagrada pela Polícia Federal, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em outubro de 2024. Dois dias depois, o processo subiu para o STF, sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin. Desembargadores foram afastados em razão de uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças. Durante a operação, foram apreendidas diversas armas na casa de dois desembargadores. Além disso, foram encontrados mais de R$ 3 milhões em espécie. Somente na casa de um dos investigados, foram encontrados R$ 2,7 milhões. Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão: lavagem de dinheiro; extorsão; falsificação Armas apreendidas em operação que mira venda de sentenças por desembargadores em MS. Reprodução A operação, fruto de três anos de investigação da Polícia Federal, foi batizada de "Ultima Ratio", um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: